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sexta-feira, novembro 28, 2008

Câmara limpa margens dos rios para evitar cheias


Câmara limpa margens dos rios para evitar cheias
(Bombarral)

Para evitar as situações ocorridas há dois anos atrás, o Município do Bombarral, à semelhança do que já tinha feito no ano passado, efectuou trabalhos de limpeza nas margens dos rios Real e Corga.

Em Novembro de 2006 o concelho do Bombarral foi fustigado por uma intempérie que causou inúmeras inundações. As situações mais preocupantes registaram-se na entrada Norte da vila e nas aldeias da Columbeira e da Delgada, onde várias habitações e estabelecimentos comerciais foram inundados, tendo havido inclusive necessidade de se proceder à evacuação de algumas pessoas.

Para que estas situações não se voltem a repetir, a autarquia tem vindo a limpar as margens dos dois principais rios que atravessam o concelho, que por acumulação da vegetação e de resíduos acabaram por transbordar, causando enormes transtornos à população no Inverno de 2006.

Os trabalhos de limpeza foram levados a cabo ao longo do troço do rio que atravessa a zona urbana da vila, desde a entrada Norte, passando pelas traseiras do Anfiteatro Municipal e da Estação de Caminhos-de-Ferro, até próximo das antigas instalações do Instituto da Vinha e do Vinho, no Cintrão. A zona da Quinta da Granja é outro dos locais abrangidos por esta intervenção.


Comentários:
Por Marco Arruda [ip83.144.141.52] em 28-11-2008 21:03

Perfeita asneira não só pela época errada de actuação, mas também porque se todas as limpezas forram radicais como a da foto, o que vai ocorrer é forte erosão, com arrastamento de terras marginais, lexiviação de fertilizantes e outros produtos usados na agricultura e perda das funções naturais dos rios, já que deixa de haver local de abrigo para a fauna, a perda de coberto vegetal de forma radical, vai promover o crescimento de infestantes, como as canas, que depois são muito mais problemáticas em termos de obstruções e perda de biodiversidade.
Em centenas de anos não aprendemos nada em termos de ecologia apesar de existirem no País optimos técnicos, que não podem aplicar os seus conhecimentos.
...Ao cortarem toda a vegetação, incluindo árvores e pequenas árvores em crescimento estão a fazer om que o rio seja apenas uma passagem de água, um canal sem vida e sujeito à força erosiva da água da chuva e vento, até mesmo em termos paisagisticos o rio e a sua envolvente perdem muito. As canas têm assim o local ideal para se desenvolverem ao longo de todas as margens, pois deixam de ter ensombramento de árvores nem competição, as árvores ao deixarem de existir deixa de haver suporte das margens, pelas suas raizes, para além disto, a erradicação das canas terão custos enormes na sua erradicação continua, que terá de ser feita todos os anos, e as plantas autoctones não poderão desenvolver-se pois as canas não o permitirão e a acção constante das máquinas também não.
A limpeza de rios e outros cursos de água deveria ser feita tendo em conta as suas funções ecológicas, valorização paisagistica e usando técnicas que não descaracterizassem algo que se pretenderia ser o mais próximo do natural possível.

Para ver técnicas interessantes de estabilização de margens e permitir um adequado escoamento da água, consultar:

No blog

Engenharia Verde

Intervenções positivas do INAG

Intervenções numa antiga escombreira

Rota das ribeiras do Algarve

Lagoa de Pataias

Movimento em defesa do Rio Tinto

Pedro Teiga

restauracionderios.org

Macedo

Reabilitação do rio Leça


Ass: Marco Arruda - Biologo

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Por Maximino Martins [ip84.91.8.79] em 21-11-2008 00:03

Perfeito disparate...!!!

Quem vai sofrer...?
A Lagoa de Óbidos...!!!

Quando aprendem que não é nesta epoca que se limpam os rios...?
Devem ser limpos, de maneira a que as margens possam já ter alguma vegetação quando as cheias acontecem, de maneira a a evitar ao máximo, o transporte das terras soltas pela água.

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Fonte Jornal Oeste online: Limpeza de rios